Edição Informe Setec 12/2011 • Brasília,  24 de junho de 2011

Mercadante destaca importância da inovação para crescimento do país

O Brasil ocupa, hoje, o sétimo lugar do mundo em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e o oitavo em Tecnologia da Informação (TI). O setor representa 4% do Produto Interno Bruto e oferece um imenso potencial para ser explorado pelo setor público e, principalmente, pela iniciativa privada. Mas, para que isso aconteça, é preciso investir em inovação para ter um produto de maior valor agregado e mais competitivo.

 

Esse foi o recado que o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, deu na abertura da XI Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), nesta segunda-feira (20). Mais de 1,5 mil participantes participam do evento, que vai até amanhã (22). O número é recorde e supera o público anterior, que foi de 900 inscritos, na edição 2009, em Porto Alegre

 

Ao auditório lotado de empresários, representantes das empresas associadas à Anpei, técnicos e acadêmicos, brasileiros e internacionais, além de autoridades governamentais, o ministro destacou a importância da inovação para o desenvolvimento econômico do país. “Temos que aumentar os instrumentos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento). E aumentar rápido. Onde? No setor privado. Os investimentos em PDI no Brasil são de 2/3 do governo; e 1/3 das empresas. No resto do mundo é o inverso”, disse Mercadante.  “Tem que criar a cultura da inovação”, completou. Para o ministro, o número de empresas que inovam ainda é muito pequeno. “Por isso, a importância de iniciativas como essa da Anpei. Que congressos como esse se multipliquem”, ressaltou.

 

O tamanho do mercado brasileiro de TIC e TI, destacou Aloizio Mercadante, respalda o país a avançar cada vez mais e fortalecer esse setor. De acordo com os dados do Ministério de Ciência e Tecnologia, apresentados durante a abertura da conferência, os negócios em TI somam, hoje no Brasil, US$ 85,09 bilhões (o equivalente a 4% do PIB); enquanto o segmento de TIC contabiliza US$ 165,69 bilhões – ou 8% do PIB. “Mas muitos países estão à frente do Brasil em investimento das empresas em P&D”, ressaltou o ministro. Ele citou os exemplos dos Estados Unidos que investem 2,79% do seu PIB; do Japão, cuja parcela destinada é de 3,44%; e Alemanha, com 2,82% do PIB direcionado ao investimento em P&D. O Brasil aparece com 1,19% do PIB, atrás da China, que aplica 1,54% de suas riquezas no setor.

 

Ações

 

 

O Ministério da Ciência e Tecnologia vem agindo no sentido de criar condições mais favoráveis ao desenvolvimento baseado em inovação. Uma das ações é a criação de uma entidade nos moldes da Embrapa, que daria vazão à busca de soluções para as demandas do mercado. “Seria um centro de excelência de projetos para atender à demanda da indústria. Nós estamos chamando de Embrapi – a Embrapa da indústria”, adiantou Mercadante. Além disso, também está entre as ações planejadas a transformação da Finep em banco público de inovação. “Este ano, nós esperamos alavancar o volume de crédito com mais R$ 2 bilhões”, informou.

 

A criação de quatro novos fundos setoriais também está em fase de estudo, no Ministério. São eles: Fundo Setorial para o Setor Financeiro; Fundo Setorial da Indústria da Construção Civil; Fundo Setorial da Indústria Automotiva; e Fundo Setorial da Mineração. “Eu sei que não vão criar carros aqui; mas contratar engenheiro tem que contratar”, disse o ministro. No rol de iniciativas anunciadas pelo ministro, durante a Conferência Anpei, ainda está o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – a Cide da Tecnologia. 

 

MCT, 21/06/2011

Secretário participa de Seminário Brasil-China no Itamaraty

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (Setec/MCT), Ronaldo Mota, participou hoje (17), da mesa Brasil-China: Agenda de Colaboração no Seminário Internacional "Brasil e China no reordenamento das relações internacionais: desafios e oportunidades". O evento foi realizado, ontem e hoje, no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro (RJ).

Na ocasião, Mota falou sobre o papel da inovação na sociedade contemporânea, como instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentável, geração de emprego e renda e democratização de oportunidades. O secretário explicou que a inovação está presente na formação de profissionais preparados para atender as demandas diversas e complexas da sociedade e de suas empresas.

"A inovação apresenta um conjunto amplo de definições e abordagens, mas sempre tendo em comum um forte contato com atendimento de demandas, de público consumidor, de conhecimento a serviço de implementação de novos, produtos, processos ou funcionalidades que atendam ao mercado. Assim, o conhecimento científico-tecnológico, bem como a inovação por ele engendrada, são patrimônios sociais que permitem gerar desenvolvimento sustentável", declarou Mota.

O potencial de paises como a China também marcou a apresentação de Ronaldo Mota. Ele destacou o diferencial daquele país pela capacidade extrema de planejar e executar a partir de uma visão de médio e longo prazos. "Por meio de planos quinquenais, a disponibilização de recursos para ciência, tecnologia e inovação apresenta forte aderência e evidente conjugação de esforços com as áreas empresarial e acadêmica".

O secretário do MCT ainda explanou sobre a realidade brasileira na área de Ciência e Tecnologia e da Agenda de colaboração Brasil-China, em especial após a visita da presidente Dilma Rousseff à China, em abril deste ano, quando foi realizado o evento "Encontro de Alto Nível Brasil-China em Ciência, Tecnologia e Inovação".

Ronaldo Mota disse que houve a definição de promoção de seminários e workshops entre Brasil e China, envolvendo empresários e acadêmicos dos dois países, bem como foi estabelecido o forte estímulo a visitas nos dois países de delegações de empresários e cientistas.

"Como conclusões, os participantes dos dois países construíram, a partir de frutíferas discussões, os alicerces para um novo patamar no diálogo entre Brasil e China a partir de então. Uma nova seção de diálogo de alto nível deve ocorrer em 2012, desta vez no Brasil, constando das determinações acordadas entre os mandatários máximos dos dois países, Dilma Rousseff e Hu Jintao", informou.

MCT, 17/06/2011

Ministro afirma no INT que quer criar Embrapa da indústria

Falando durante meia hora aos servidores do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), hoje (21), às 12h, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante frisou sua intenção de criar uma grande empresa pública de pesquisa, nos moldes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), voltada para a inovação tecnológica na área da indústria.

O novo órgão agregaria competências de centros de excelência como o INT, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado à Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e centros de alto desempenho do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Na introdução da sua fala, o ministro desejou êxito ao diretor do INT, Domingos Naveiro, reconduzido a novo mandato no último dia 16, em processo conduzido por Comitê de Busca. Mercadante ressaltou que acatou a decisão desse grupo de especialistas e que o processo para escolha do diretor do INT e de outras quatro unidades de pesquisa, a despeito de pressões, não teve nenhuma interferência política. A única alteração promovida, lembrou o ministro, foi incluir entre os responsáveis pela escolha um representante indicado pelos servidores. “As escolhas respeitaram exclusivamente os currículos e planos estratégicos de trabalho”, sublinhou Mercadante.

O ministro também falou sobre a possível criação dos novos fundos setoriais para a inovação, que a exemplo da cláusula da Agência Nacional do Petróleo, que viabilizou o grande investimento do país em petróleo e gás, deverão gerar investimentos em tecnologia por parte da indústria automotiva, de mineração, da construção civil e do setor financeiro. Ele apontou a tecnologia como centro estruturante do desenvolvimento do país, pedindo o empenho dos servidores e prometendo empenho na busca de novas vagas em concursos públicos, para manter a memória do conhecimento acumulado pelas instituições de pesquisa do MCT.

Mercadante chegou ao INT às 8h30, quando participou de uma reunião para discutir a criação de um grande programa de pesquisa para mapeamento da plataforma continental brasileira. Participaram do encontro o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, Carlos Nobre; o secretário de C&T da Marinha, vice-almirante Ilques Barbosa Junior; o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima; o diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque; o superintendente do Cenpes, Carlos Tadeu; e o diretor científico da área de energia do Instituto Tecnológico Vale, Carlos Aragão.

Em seguida, o ministro da Ciência e Tecnologia, acompanhado do secretário-executivo do MCT, Luiz Antonio Elias, visitou os laboratórios da área de Corrosão e de Desenho Industrial do Instituto, conhecendo alguns dos seus laboratórios e principais projetos. Ao meio-dia, Mercadante falou, no auditório Fonseca Costa, aos funcionários do INT.
 
MCT, 21/06/2011

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