Aluno do curso de Ciências Ambientais da Universidade de Washington, Patrick Wauters, passou dois meses no Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT) realizando um estudo sobre etanol de 2ª geração. Estudante de graduação com estágio no Laboratório de Bioquímica da Universidade, ele tem interesse específico em etanol e biocombustíveis, trabalhando com microrganismos endofiticos, presente em caules e folhas.
No INT, sob orientação da pesquisadora Viridiana Ferreira-Leitão, Wauters teve acesso a trabalhos desenvolvidos no Laboratório de Biocatálise, voltados para o aproveitamento do bagaço e palha da cana-de-açúcar para produção de etanol. Através de enzimas (celulases), o etanol é obtido a partir da transformação da celulose presente nessa biomassa em açúcares usados na fermentação alcoólica.
O etanol de 2ª geração obtido pela ação de enzimas é uma tecnologia limpa, que aproveita bagaço ou palha da cana-de-açucar na sua produção, com níveis mínimos de emissão de CO2. Ao final do estágio, baseado nessa experiência, o estudante, prepara um relatório sobre o etanol de segunda geração no Brasil e nos EUA, relacionando técnicas, números estatísticos e o cenário desta tecnologia.
Wauters adianta que nos EUA já há muitas empresas que trabalham com o etanol de 2ª geração, mas concentradas em biomassas provenientes do milho e trigo. Já o Brasil, avalia o estudante, ainda precisaria investir mais nesse trabalho que o INT já desenvolve. “É uma tecnologia para o futuro, que precisa do apoio de mais empresas”, conclui Wauters, que encerra esta semana o estágio de dois meses custeados pela Universidade.
A orientadora Viridiana Ferreira-Leitão considerou positiva a experiência do estágio e acredita que novos intercâmbios possam favorecer futuros trabalhos conjuntos.