Pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT) retornaram no último domingo (5) ao município de Tefé, na região do Médio Solimões, Estado do Amazonas, após 19 dias de expedição pelos rios Solimões, Japurá e Auati-Paranã. Os cientistas – dois biólogos, uma oceanógrafa e uma pedagoga – percorreram aproximadamente mil quilômetros e visitaram 12 comunidades ribeirinhas em quatro municípios, nas áreas mais remotas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e seu entorno.
A “Expedição Maraã-Japurá” deu aos pesquisadores a oportunidade de apresentar às comunidades ribeirinhas as propostas do projeto Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), desenvolvido pelo Instituto Mamirauá com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental.
Nos municípios de Fonte Boa, Jutaí, Tonantins e Maraã, os pesquisadores fizeram levantamentos sobre a ocorrência e distribuição de jacarés, quelônios e mamíferos aquáticos (peixes-boi, botos e lontras) , em uma região de biodiversidade ainda pouco conhecida pela ciência. Também foram realizadas atividades de educação ambiental, que envolveram mais de 300 adultos e crianças.
Dentre as áreas visitadas, a região do setor Caroara, no município de Maraã, chamou a atenção dos cientistas pela ocorrência das espécies-alvo do projeto Aquavert e pela sua proximidade com uma das áreas-foco do projeto, o complexo de lagos Cleto-Jutaí. “Os estudos no Complexo do Cleto serão realizados entre julho e dezembro, durante o período da seca na região, sobretudo com reprodução de jacarés e quelônios”, afirma a bióloga Cássia Santos Camillo, responsável pelas pesquisas sobre quelônios no projeto Aquavert.