Edição Informe Setec 10/2011 • Brasília,  07 de junho de 2011

Mercadante quer 1% do faturamento de empresas em pesquisa e desenvolvimento

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, quer que o faturamento bruto das empresas aplicados em pesquisa e desenvolvimento seja pelos menos 1%. Ele pretende levar o modelo de investimento em tecnologia aplicado na área de petróleo para outros setores da economia, como mineração, sistema financeiro, automóveis e construção civil. Hoje, a Lei do Petróleo estabelece que 1% do faturamento bruto das empresas seja aplicado em pesquisa e desenvolvimento. "Queremos levar este modelo de êxito para outras áreas", disse o ministro durante a cerimônia de premiação da 5ª edição do Prêmio Petrobras de Tecnologia Engenheiro Antônio Seabra Moggi, no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro, na sexta-feira (3).

Mercadante ressaltou que hoje, a Petrobrás,  investe hoje US$ 300 milhões por ano em pesquisa, sendo metade por conta própria e metade em parceria com centros de pesquisa e universidades. Segundo Mercadante, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil já está de acordo com a proposta e mostrou interesse em desenvolver novos materiais e métodos de sequestro de carbono.

Também participaram da solenidade o diretor inanceiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa e o gerente Executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga. Foram 21 trabalhos selecionados entre 346 inscritos de 58 instituições de ensino e pesquisa.

Prêmio

O Prêmio celebra a parceria de sucesso entre a comunidade nacional de Ciência e Tecnologia e a Petrobras, empresa que mais investe em tecnologia no país, reconhecendo a contribuição de estudantes, pesquisadores e instituições para a superação de fronteiras tecnológicas no segmento petróleo, gás e energia. É também uma oportunidade de revelar novos talentos e novas tecnologias, incentivando assim a inovação no meio técnico-científico e a aproximação entre as universidades brasileiras e a indústria de energia.

 Voltado para estudantes de graduação, mestrado ou doutorado de qualquer instituição de ensino superior brasileira, o Prêmio Petrobras de Tecnologia Antônio Seabra Moggi é um dos mais importantes elos entre a Companhia e as universidades brasileiras. Lançado em 24 de setembro de 2004, visa incentivar a revelação de talentos e de trabalhos inovadores de interesse do segmento petróleo, gás e energia.

 Entre os inscritos na 5ª edição, 55% são da região Sudeste, 21% da região Nordeste, 19% da região Sul, 2% da região Norte e 3% da região Centro-Oeste, perfil similar à edição anterior.  Nessa 5ª edição, foram premiados 21 trabalhos de 14 instituições em nove estados.  Os temas Preservação Ambiental, com 81 trabalhos inscritos, e Energia, com 79, do total de 346 inscritos, predominaram, como vem ocorrendo desde a 1ª edição do Prêmio.  Ao todo, cerca de 200 instituições de 24 estados já participaram das cinco edições, que tiveram 122 trabalhos premiados.

 Os vencedores recebem bolsa de estudo e prêmio em dinheiro. Para a categoria graduação o valor é de R$10 mil; R$15 mil para mestrado e R$20 mil para doutorado. Os respectivos orientadores dos trabalhos premiados recebem a mesma quantia de seus alunos em forma de taxa de bancada, ou seja, valor a ser investido em seu laboratório ou departamento da instituição em que trabalha. A iniciativa conta com a parceria do CNPq, responsável pela concessão das bolsas de estudos aos vencedores.

MCT, 06/06/2011

Sibratec Extensão Tecnológica promove inovação nas empresas

Pioneira no Brasil, a Indústria Pumar Ltda é uma empresa que há 80 anos produz guarda-chuvas. Já chegou a ter 800 funcionários, mas com a entrada da indústria chinesa de guarda-chuvas no mercado brasileiro nos anos 90 teve que enxugar seus custos e seu quadro de funcionários, precisando assim se reorganizar e se reinventar. Além dos guarda-chuvas, a empresa passou também a fabricar produzir guarda-sóis personalizados com marcas de várias empresas para o mercado institucional. Hoje a fábrica já exporta para o Japão e alguns países da Comunidade Européia.

A Pumar é uma das 19 empresas atendidas no Rio de Janeiro pela Rede de Extensão Tecnológica do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), que é uma das 22 Redes estaduais do Sibratec - Extensão Tecnológica. Coordenado no estado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT), os atendimentos destinam-se a solucionar pequenos gargalos na gestão tecnológica, adaptação de produtos e processos e a melhoria da gestão da produção das micro, pequenas e médias empresas (MPME), preparando-as para serem empresas inovadoras.

A Rede do Rio de Janeiro atende em duas vertentes: adequação de produtos e processos para exportação, substituindo o Programa de Apoio Tecnológico à Exportação (Progex/RJ) – antes oferecido também pelo INT –, e atendimento tecnológico itinerante a empresas utilizando unidades móveis, voltado a melhorias para o mercado. Além disso, estimula nas empresas a cultura da inovação, um maior acesso ao conhecimento e infraestrutura tecnológicas e o desenvolvimento de produtos e de sistemas de organização da produção.

Segundo o coordenador executivo do Sibratec – Extensão Tecnológica/RJ, Luiz Carlos Correia, os extensionistas tecnológicos do INT realizam a fase de pré-atendimento, onde são diagnosticadas as demandas da empresa e indicadas as adequações necessárias. Em seguida, através da Rede de Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro (Redetec), o programa seleciona os fornecedores, faz o acompanhamento das adequações e uma pesquisa pós-atendimento.

No caso da Pumar, que está na fase de diagnóstico, o atendimento à instituição está configurado para solucionar um problema específico. "O Sibratec (Extensão Tecnológica/RJ) está intervindo no setor de estamparia da empresa, visando à redução dos custos, o crescimento da produtividade e o aumento da competitividade no mercado externo" – conta a engenheira Lílian Aliprandini, extensionista da Rede.

A micro empresa Reserva Folio, localizada em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, é uma das pioneiras no setor de cosméticos orgânicos certificados no Brasil e no Mundo. Atendida pelo Sibratec – Extensão Tecnológica/RJ, ela tem como alvo mercados da Comunidade Européia e do Oriente Médio. Para isso, sob orientação do extensionista Éricson Brito, a Reserva Folio iniciou a adequação de suas linhas de cosméticos para bebês, pessoas idosas e de peles sensíveis. A conclusão do apoio dado à empresa está prevista para o próximo mês.

Os trabalhos oferecidos pelo Sibratec – Extensão Tecnológica incluem ainda várias outras modalidades de adequação, como a organização do parque produtivo da empresa, ou seja, uma consultoria para dar à microempresa condições de melhorar a produtividade e, com isso, minimizar preços e custos. Assim, faz-se um produto mais barato e mais competitivo. De acordo com o coordenador executivo, com esse resultado, a empresa muda sua maneira de pensar.

Para se credenciarem ao atendimento do Sibratec – Extensão Tecnológica, as empresas devem fazer parte de determinados setores. Na Rede do Rio de Janeiro os setores são: o setor de moda – incluindo os subsetores de confecção, cosméticos, jóias e calçados –, de transformação – incluíndo móveis e plásticos –; de construção civil – incluindo cerâmica vermelha e rochas ornamentais –; metal mecânico – incluindo os subsetores naval, metalurgia e fabricação de produtos de metal –; e, por fim, o setor de alimentos e bebidas.

O tempo de atendimento à companhia pelo projeto varia de seis meses a dois anos no máximo, dependendo da empresa e da dificuldade do trabalho.

Coordenado pelo INT, o arranjo institucional do Sibratec – Extensão Tecnológica/RJ é formado pela Rede de Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro (Redetec), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ (Faperj), e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RJ). Além disso, há um comitê de governança formado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Cetiqt).

Silvana Barletta, com base no INP, 30/05/2011

SENAI e IEL apresentam projeto Rede Sibratec de Extensão Tecnológica para empresários do segmento da indústria

O projeto foi apresentado pelo coordenador técnico estadual da Rede Sibratec de Rondônia, Marcus Roberto Ribeiro, durante encontro realizado no Salão de Convenções da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), com a participação do vice-presidente Adilson Popinhak, do diretor regional do SENAI/RO, Vivaldo Matos Filho, do superintendente do IEL/RO, Nazareno Gomes Barbosa, do assessor da FIERO, Antonio da Rocha Guedes, da presidente do Sindivest/RO, Helena Riça Mourão e empresários do segmento da confecção.

O coordenador durante sua apresentação discorreu sobre as metodologias que serão desenvolvidas a título de desenvolvimento tecnológico, como a adequação para o mercado externo. A segunda metodologia é referente ao aumento da competitividade, com a adaptação do produto para o mercado interno. A terceira -Gestão do Processo Produtivo – com a realização da pesquisa, adaptação, desenvolvimento e desta forma então difundir novos conceitos metodológicos e técnicos de gestão de processos e produtos. Sobre a quarta metodologia - Tecnologia mais limpa, o coordenador frisou a implementação de estratégia ambiental preventiva e integrada aos processos, produtos e serviços, a fim de aumentar a ecoeficiência.

Marcus afirmou que o projeto conta com investimento total de quase 4 milhões de reais, tendo como principais financiadores a FINEP, Secretaria de Planejamento de Estado e SEBRAE. "O SENAI/RO entra como executor do projeto e o IEL/RO entra como proponente, como gestor do projeto. Como coexecutores contamos ainda com a FIMCA, FARO, CPAFRO- Embrapa e IPEPATRO".

De acordo com o coordenador serão realizados workshops ou reuniões para todos os setores em todos os pólos de atendimento do SENAI. Para cada segmento serão realizadas reuniões nos pólos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Vilhena e Cacoal. "Nestes pólos os atendimentos às indústrias ocorrerão inicialmente mediante três extensionistas que visitarão as instalações industriais mapeadas e indicadas pela Rede SIBRATEC, para levantamento e diagnóstico da situação tecnológica dos processos produtivos e produtos. Após o diagnóstico e dependendo do conhecimento científico e aplicado necessário para solucionar, adequar ou adaptar tecnologicamente a gestão, o processo produtivo ou o produto, as soluções tecnológicas poderão ser geradas pelos próprios extensionistasEle destacou o apoio do diretor regional do SENAI/RO ao projeto. "Sem a participação e iniciativa do diretor, certamente o projeto não seria viabilizado no estado de Rondônia, pois para que o projeto acontecesse era necessário que o SENAI fosse o executor", afirmou. Marcos frisou ainda o apoio do superintendente do IEL/RO, Nazareno Gomes Barbosa, que participou da reunião.

Quanto ao presidente da FIERO, Denis Baú, Marcus apontou como um defensor e incentivador do projeto de extensão tecnológica - Rede Sibratec, por acreditar que o papel da Federação das Indústrias é fomentar, de todas as formas a produção e o avanço tecnológico das indústrias rondonienses.

Silvana Barletta, com base Senai, 07/06/2011

 

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