Ministro diz que inovação deve ser tema central no Brasil
12/04/2011
Ao traçar um breve panorama dos investimentos feitos nas áreas de ciência e tecnologia no Brasil, o ministro interino de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias, concluiu que o maior desafio das políticas públicas voltadas para o setor é encarar a inovação como tema central. Durante explanação sobre o tema no seminário "Motores do Desenvolvimento do RN", ele disse que apenas com essa mudança de prioridades será possível diminuir a "brecha" de produtividade econômica que ainda separa o Brasil dos países ditos desenvolvidos.
"Pelo fato de ter passado muito tempo com investimentos concetrados nas áreas de agricultura e mineração, o Brasil ainda possui uma balança econômica comprometida com os recursos naturais. Isso deixou o país ocupando uma posição de dependência em relação às nações produtoras de bens manufaturados. Nós oferecemos a matéria-prima, porém compramos os bens industrializados por um valor maior. Para essa brecha deixar de existir, é necessário que haja maior investimento em conhecimento, e é isso que prega a atual Política Nacional de Ciência e Tecnologia: a criação de um ambiente favorável à inovação", explicou Elias.
Entre os principais medidas do MCT para expandir e desenvolver a base científica e tecnológica nacional, o ministro citou o investimento na formação de recursos humanos, por meio da ampliação do número de mestres, doutores, especialistas e técnicos; criação de centros de instituto de pesquisas; aumentar gradativamente a descentralização regional do conhecimento nas regiões sul e sudeste; aumentar a quantidade de investimentos na área de ciência e tecnologia e consolidar parcerias com as federações das indústrias e com empresas.
Debate
Após a palestra, o ministro Luiz Antônio Elias participou de um debate, onde respondeu a questionamentos feitos pelas pessoas que lotam o auditório da Reitoria da UFRN.
Ascom MCT
Área espacial é tema de discussão durante visita da presidente Dilma à China
13/04/2011
Nesta terça-feira (12), o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), Gilberto Câmara, participou do seminário "Diálogo de Alto Nível Brasil–China em Ciência, Tecnologia e Inovação", evento que abriu a programação oficial da presidente Dilma Rousseff em Pequim. Além da sessão sobre o espaço, foram promovidas discussões sobre energias renováveis, nanotecnologia, agricultura e segurança alimentar, tecnologia da informação e políticas de inovação.
Ainda na segunda-feira, ao lado do ministro Aloizio Mercadante e secretários do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o diretor do Inpe visitou a Academia de Ciências da China, para fomentar a colaboração nas áreas de observação da Terra, aplicações de sensoriamento remoto e clima espacial.
A delegação do MCT esteve também na Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast), parceira do Instituto no Programa Cbers (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), considerado um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
Satélites
Desde a assinatura do acordo de cooperação, em 1988, Brasil e a China já colocaram em órbita três satélites e se preparam para novos lançamentos. Graças ao Cbers, o Brasil é hoje um dos maiores distribuidores de imagens orbitais do mundo.
Os satélites da família Cbers são utilizados para as mais diversas aplicações, como monitorar desmatamentos e expansão da agropecuária, planejamento urbano e gerenciamento hídrico.
Além do fornecimento gratuito de imagens de satélite, que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação brasileiro, o Programa Cbers promove a inovação na indústria espacial nacional, gerando empregos em um setor de alta tecnologia fundamental para o crescimento do País.
Desde junho de 2004, quando ficaram disponíveis na internet, mais de 600 mil imagens já foram distribuídas pelo Brasil para cerca de 20 mil usuários, em mais de duas mil instituições públicas e privadas. Em média, têm sido registrados diariamente 750 downloads no Catálogo Cbers.
Em 2008, Brasil e China decidiram oferecer gratuitamente as imagens do Cbers para todo o continente africano. A distribuição das imagens deve contribuir para que governos e organizações na África monitorem desastres naturais, desmatamento, ameaças à produção agrícola e riscos à saúde pública.
Abertas as inscrições para seminário sobre propriedade intelectual e inovação
13/04/2011
A Rede Mantiqueira, da qual faz parte o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), promove no próximo dia 20 o seminário "Propriedade Intelectual como Instrumento Estratégico de Fomento à Inovação". Destinado a empresas e profissionais da área de inovação, o evento será no auditório do Parque Tecnológico da Universidade do Vale do Paraiba (Univap), em São José dos Campos (SP). As inscrições estão abertas e devem ser feitas mediante o envio do formulário, disponível aqui, para o email seminariounivap@cti.gov.br
Criada para capacitar e desenvolver as competências previstas na Lei de Inovação, a Rede Mantiqueira é formada ainda pelos NITs da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS) e Fundação Von Braun.
O seminário servirá como preparação a uma série de cursos sobre Propriedade Intelectual (PI) que serão ministrados pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em Campinas e São José dos Campos. Esta série compreenderá os cursos básico, intermediário e avançado sobre PI, oficina de redação de patentes e transferência de tecnologia. Os cursos, ministrados no período de uma semana com carga horária de 40 horas, serão distribuídos ao longo de um ano, com previsão de um a cada dois meses.
Inovação
A Rede Mantiqueira foi criada em agosto de 2010, com base na Lei de Inovação e demais normas sobre proteção de Propriedade Intelectual. Seu objetivo é estruturar os Núcleos de Inovação Tecnológica de entidades de São Paulo e sul de Minas Gerais, com a finalidade de fortalecer, capacitar e desenvolver as competências previstas na Lei de Inovação. A proposta é integrar os atores do Sistema Nacional de C,T&I, disseminar a cultura de proteção às criações intelectuais e de transferência de tecnologia para o setor empresarial, difundindo as boas práticas da gestão de políticas de inovação.
O NIT/Inpe foi criado em 2007 para gerir a política institucional de inovação do Instituto, estimular a capacitação em gestão da inovação tecnológica, propriedade intelectual e transferência de tecnologia e estimular o setor produtivo a participar de projetos conjuntos de capacitação tecnológica, entre outros objetivos relacionados às diretrizes da Lei de Inovação. Mais informações sobre o NIT/Inpe e Propriedade Intelectual podem ser obtidas com João Ávila, através do telefone (12) 3208-6864 ou email avila@ltid.inpe.br
Ascom INPE