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Pesquisa obtém energia a partir da borra de café
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Crédito: USP
04/03/2011 - 10:31

O estudo começou como experimento em sala de aula para crianças e se tornou a dissertação de mestrado da professora de química, Denise Moreira dos Santos. A pesquisa mostra que o óleo extraído da borra de café é uma matéria-prima para a produção de biodiesel.

O processo de obtenção do combustível é o mesmo adotado em outras matérias-primas. O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente. Após a extração, o material é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel.

“O objetivo da pesquisa é mostrar aos alunos que é possível aproveitar um resíduo descartado no ambiente para a produção de energia. É possível ainda utilizar a energia solar para secar a borra, no lugar de fornos e estufas”, disse a professora do curso técnico de Química do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS), em São Paulo.

As características dos ácidos graxos do óleo do café são semelhantes aos da soja, embora estejam presentes em menor quantidade. “É evidente que é pequena a quantidade que se obtém do óleo residual e também do biodiesel”, explicou. A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca de 10 mililitros de biodiesel.

O consumo de café no País é alto, o que resulta uma grande quantidade de resíduos descartados no meio ambiente. Calcula-se que o consumo diário do brasileiro é de duas a três xícaras de café em bares, restaurantes, casas comerciais e residências.

A professora alerta que o descarte da borra do café e o uso do material como fertilizante contaminam o solo. Ela sugere a utilização do resíduo na produção do biodiesel em pequenas comunidades agrícolas para o abastecimento de tratores e máquinas.

O estudo teve a orientação da professora Patricia Helena Lara dos Santos Matai, do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa faz parte da dissertação de mestrado de Denise, apresentada no Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia da USP.

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