O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e a Associação dos Moradores e Usuários da Reserva Mamirauá (Amurmam) promoveram o 10º Encontro de Manejadores Florestais da reserva, entre os dias 25 e 26 de fevereiro, em Alvarães (AM). O encontro discutiu as mudanças para o manejo florestal após a criação de uma instrução normativa pelo Governo do Estado do Amazonas.
Segundo Israel Barbosa, presidente da Amurman, o objetivo das reuniões é apoiar as comunidades que manejam a madeira: “Vamos ouvir as comunidades, ver o que melhorou e avaliar como podemos avançar ainda mais”. A coordenadora do Programa de Manejo Florestal do Instituto Mamirauá, Elenice Assis, celebrou a décima edição do encontro e fortaleceu a proposta originalmente criada. “Nós queremos promover intercâmbio entre os manejadores e chegar à décima edição é um resultado positivo”, comemorou.
A Instrução Normativa nº 009, publicada Diário Oficial do Estado (DOE), no dia 12 de novembro de 2010, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), determina que a extração de madeira nas terras de várzea no Estado, apresente planos de manejo a serem licenciados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). O órgão também é responsável pela fiscalização.
A legislação considera como áreas de várzea, áreas com alagações de águas barrentas, excluindo os igapós. A extração de árvores deve respeitar ciclos e maneiras de cortes definidos. Madeira branca, por exemplo, deve respeitar um ciclo de corte de 12 anos. Nas áreas de várzea o corte é permitido a cada 24 anos. Tamanhos de corte também devem ser respeitados de acordo com a instrução normativa.