O papel da ciência e da tecnologia na redução das desigualdades sociais e na inclusão social foi tema de debate hoje (28), último dia da 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (4ª CNCTI),
em Brasília. Os participantes discutiram também as condições de se alcançar uma economia sustentável e inclusiva por meio da ações de C&T.
A melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis foi defendida pela presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa
em Ciências Sociais (Anpocs), Maria Alice de Carvalho. De acordo com ela, é possível nacionalizar o acesso a Ciência e a Tecnologia a partir da educação. “A construção da cultura da boa educação na vida brasileira atrairá jovens de todas as camadas sociais a exercerem carreiras científicas e tecnológicas”, disse. Na sua opinião, as desigualdades científicas são regionalizadas e só uma política de nacionalização da educação poderá resolver o problema.
Em sua apresentação, o diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, defendeu a radicalização da democracia. Para ele, a ciência e a tecnologia precisam ser tratadas como um bem comum da sociedade.
A 4ª CNCTI, aberta na quarta-feira (26) e reúne sociedade civil, comunidade científica, empresários e governos estaduais e federal, no Hotel Royal Tulip,
em Brasília. O objetivo é formular uma proposta para o Plano Nacional de Ciência e Tecnologia para os próximos 10 anos.