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Governança e planejamento são prioridades para a Nanotecnologia
27/05/2010 - 11:04

“O Brasil tem feito progresso na área de Nanotecnologia, porém é preciso olhar aquilo que nos falta ainda”. Essa é a opinião do professor Celso Pinto de Melo, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e validada, em unanimidade, pelos outros palestrantes do debate sobre Materiais Avançados e Nanotecnologia. O evento fez parte da programação desta quarta-feira (26) da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI).

Para Pinto de Melo, a questão da governança e do planejamento são prioridades para a área de Nanotecnologia. Ele explicou que o Brasil tem um novo patamar e que, em 2000, pela primeira vez na história brasileira, a ciência pode ser encarada como um instrumento de avanço da sociedade. “Enfrentamos uma nova etapa, uma nova revolução tecnológica, com período de indução e competição. Mas, com a evolução da Nanotecnologia precisamos pensar o que vai acontecer até 2020”. O professor salientou que esta área pode trazer avanços revolucionários, pois é uma área multidisciplinar, com precisão centralizada e competição em vários setores.

O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fernando Galembeck, disse, por sua vez, que a Nanotecnologia é uma atividade bastante capilar e uma área que permeia todas as atividades industriais. Ele afirmou que os recursos disponíveis hoje permitem uma vigorosa participação da academia e universidades nas atividades inovadoras. “Faltam planos, metas e responsabilidade nos recursos públicos. Professores e estudantes devem aprender e praticar a leitura de patentes e a inovação deve ser uma atitude de muitos. Também as atividades de pesquisas e desenvolvimento nas empresas devem ser desoneradas”, ressaltou.

Silvia Guterres, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), fez uma reflexão sobre a área de Nanobiotecnologia ao longo dos últimos 15 anos. Segundo ela, houve uma evolução no número de patentes em Nanotecnologia, em termos da área da saúde, com impulso expressivo nos últimos anos, principalmente, em referência aos medicamentos.

“O Brasil ocupa a 19ª posição em produção de Nanotecnologia, uma produção que aparece no mapa mundial da área, porém ainda modesta. A Nanotecnologia agrega valor aos produtos, sendo um desafio o desenvolvimento nacional de matérias primas para a produção de insumos e produtos de base”, afirmou.

Por último, Fernando Rizzo, do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE) e coordenador do debate, explicou a importância dos materiais em setores críticos e fez uma breve retrospectiva, desde o lançamento do Sputnik, em outubro de 1957, quando, conforme ele foi originada a ciência e a engenharia de materiais até os estudos prospectivos em materiais avançados no mundo. “Precisamos de investimentos em infraestrutura de grandes laboratórios nacionais para pesquisas na fronteira do conhecimento e na área de materiais. Há necessidade de criação de redes temáticas em áreas portadoras de futuro com metas a curto, médio e longo prazo”, finalizou.

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