Edição 10/2010 • Brasília,  05 de março de 2010

Seminário discute excelência em gestão de entidades tecnológicas

A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) e a Fundação de Seguridade Social (Ceres) promoveram o seminário Em busca da excelência nas Entidades Tecnológicas, que integra o programa de Excelência na Gestão, proposto pela Abipti. (Foto: Simone Lima)

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Brasil: uma das matrizes mais limpas do mundo

Informe Brasil Competitivo
O Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCT, Ronaldo Mota, cedeu entrevista ao informe Brasil Competitvo durante o III Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel, realizado em novembro de 2009.

O desafio: atender a demanda de combustíveis e fazê-la sustentável com a implementação de novas políticas e pesquisas.

Informe Brasil Competitivo - Até que ponto o debate sobre biodiesel é assunto prioritário para o Governo brasileiro?

Ronaldo Mota - O diálogo sobre o biodiesel é tão importante quanto o tema energia. Se o país tem a pretensão de criar um sistema de desenvolvimento econômico e social sustentável, a energia é um dos ingredientes. Sabemos que ao longo dos próximos anos e décadas teremos uma crescente demanda por novas formas de energia e novas energias disponíveis.

Simultaneamente, há que se pensar a questão ambiental. À medida que passamos a ter um maior consumo de energia, devemos levar em conta as consequências disso e a emissão de elementos  poluentes, como é o caso do dióxido de carbono e outros óxidos, como o de enxofre e nitrogênio.


Informe Brasil Competitivo - Qual o objetivo principal do programa de biodiesel, iniciado em 2006?

Ronaldo Mota - Em suma, a ideia é propiciar o crescimento sustentável do país, agregando novas formas de energia, especialmente, as renováveis e menos poluentes. O biodiesel faz parte do processo e traz vários benefícios: insere-se no conjunto de energias renováveis do país, é um mecanismo energético que propicia o crescimento e desenvolvimento de regiões mais afastadas dos grandes centros e permite, por exemplo, agregá-los aos combustíveis tradicionais, como é o caso B4, B5, fazendo com que o Brasil tenha plena autonomia na sua matriz energética derivada do petróleo e poluindo menos.

Informe Brasil Competitivo - Quais os reais benefícios na vida da população?

Ronaldo Mota - Esse elenco de produtos pode gerar cadeias produtivas nas regiões  mais afastadas do país, gerando emprego, especialmente no meio rural, e propiciando desenvolvimentos econômicos e sustentáveis regionais. Temos vários elementos positivos que indicam que o biodiesel é constituinte importantíssimo na matriz energética do presente e do futuro brasileiro.

Informe Brasil Competitivo - Segundo uma afirmação sua, o programa já pode ser considerado um sucesso? Por quê?

Ronaldo Mota - O primeiro carro a álcool produzido no Brasil foi ao final da década de 70. De lá pra cá, o setor passou por altos e baixos nas três décadas de funcionamento, enquanto o segmento de biodiesel tende a crescer sem os mesmos impasses. O etanol passou por um longo período de aceitação  até chegar aqui.

O convencimento do uso de etanol não foi um processo simples. Foi fruto de trabalho e conscientização do povo brasileiro. Queremos chegar a 2030 com 18,5% dos combustíveis  de fontes renováveis.


Informe Brasil Competitivo - A indústria automotiva tem investido no uso cada vez maior do biodiesel. Porém, do total de biodiesel produzido no Brasil, 81% vem da soja. Até que ponto isso é benéfico ao Brasil?

Ronaldo Mota - Não há interesse do governo em manter a soja como principal matéria-prima do combustível. O motivo da prodominância da soja deve-se à cadeia produtiva montada há algumas décadas, com domínio tecnológico estabelecido sobre o cultivo. hoje, a soja é muito utilizada porque há garantia de entrega e produção o ano inteiro. E, portanto, a melhor solução para o presente, mas não há interesse em continuar apenas com esse grão.

A expectativa é que no futuro possam ser introduzidas novas oleaginosas em um percentual maior de participação. Como fontes alternativas, temos o dendê, o pinhão manso, o girassol e a mamona. Ampliando a fatia do mercado aos poucos, não só a indústria automotiva se adapta às mudanças, como também, é possível garantir o fornecimento do produto. Quanto maior o uso do combustível limpo em participação com o diesel comum, maiores serão os ganhos não só para o meio  ambiente, mas também na área econômica.


Informe Brasil Competitivo - O Brasil está na vanguarda da tecnologia de biodiesel, isso significa ser competitivo no mercado?

Ronaldo Mota - O cenário mundial é muito favorável ao país, que hoje é um grande competidor internacional em várias áreas por causa de seus índices de produtividade na produção e grãos, de carnes, de sucos.

É igualmente competente no campo da produção energética. Masi importante do que isso, ele pode fazê-lo combinado com o desenvolvimento sustentável baseado em menos poluição. O biodiesel, assim como os produtos derivados da cana-de-açúcar, são elementos estratégicos para o país.


Informe Brasil Competitivo - De que forma o Movimento Brasil Competitivo tem influenciado em ações sobre esse assunto?

Ronaldo Mota - O MBC atua em várias áreas, sempre com extrema excelência. A nossa parceria é essencial e muito honra todo o Governo Federal, em particular, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Trabalhamos para produzir com qualidade e capacidade de congregar todos os atores da sociedade, sem os quais não conseguiríamos realizar os objetivos do projeto.

O que mais podemos desejar é que seja um parceiro permanente não só nessa ação, mas em todas em que seja possível e pertinente. Gostaríamos de ter sempre o Movimento Brasil Competitivo conosco.

Brasil e Argentina definem plano de ação para pequenos aproveitamentos hidrelétricos

Da Revista PCH Notícias & SHP News

Dentro do programa bilateral para novas energias estabelecidas entre o governo brasileiro  e argentino foi assinado, em Buenos Aires, o plano que normatiza as ações entre os países.

Em um Wokshop realizado nos dias 03 e 04 de dezembro, na Secretaria de Energia da Argentina, no qual participaram professores e pesquisadores do Brasil e Argentina foi firmado um plano de ação para pequenos aproveitamentos hidrelétricos.

Na abertura dos trabalhos, o Secretário de Energia da Argentina, Daniel Cameron, destacou a importância de investir nos pequenos aproveitamentos, uma vez que a meta argentina é chegar a 3.500 MW de energia renovável.

O Governo brasileiro foi representado pelo Analista em Ciência e Tecnologia do MCT, José Gustavo Gontijo, que ratificou, em seu discurso a posição do governo do Brasil de investir em parcerias entre países para a criação de programas de cooperação para energias renováveis.

Durante o workshop, os pesquisadores  brasileiros e argentinos fizeram apresentações com objetivo de contextualizar os trabahos e pesquisas desenvolvidos nos respectivos países. Além de definirem metas e cronograma para próximas etapas do programa.

No final dos trabalhos, foram identificadas e definidas as aplicações para o programa que será assinado no próximo encontro, entre os Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, no próximo mês de abril.

Cartão de crédito do BNDES beneficia empresas no Sibratec

Empresas que queiram pagar contrapartida ao atendimento efetuado pelas Redes de Extensão Tecnológica do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) podem utilizar o cartão BNDES de Financiamento à inovação. O cartão, criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) objetiva conceder crédito às Micro, Pequenas e Médias Empresas.

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Piauí firma convênio para participar do Sibratec

A Rede, que propiciará a presença de extensionistas em empresas indústrias dos segmentos de alimentos (mel de abelha), vestuário, cerâmica vermelha e da carnaúba, objetiva melhorar as condições e os resultados dos produtos no que diz respeito ao mercado, à produção com qualidade e a produtividade de micro, pequenas e médias empresas.

 

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Investimento em inovação ainda é pequena no país

Valor Econômico

Apesar do crescimento nos últimos anos, os investimentos em inovação dos laboratórios nacionais ainda é pequeno, se comparado com os aportes feitos por multinacionais. Boa parte das farmacêuticas internacionais destina por ano cerca de 6% a 10% do seu faturamento líquido em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Em 2008, o país investiu cerca de R$ 8 Bilhões.

O governo está incentivando os laboratórios nacionais a fazer investimentos em inovaçãocomo forma de reduzir a dependência do país de medicamentos de alta tecnologia. Segundo Ronaldo Mota, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (Sibratec).  "Assim como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é referência internacional, queremos fazer o mesmo com o Sibratec na saúde", disse. A diferença, segundo ele, é que a Embrapa teve de mandar seus cientistas para o exterior nos anos 70 para que eles adquirissem conhecimento. "Nossos cientistas já tem conhecimento", disse. Mota afirmou que o Sibratec já tem convênios em oito Estados e deverá ampliar sua atuação para 22 Estados ainda neste semestres.

Ogari Pacheco, presidente do laboratório Cristália, defende tratamento diferenciado para os laboratórios nacionais que investem pesado em P&D no país. Segundo ele, é possível que companhias farmacêuticas nacionais de médio porte expandam seu portifólio com investimento em inovação.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, também está aumetando seus aportes em pesquisas na área da saúde. Os investimentos foram de R$ 607,5 milhões entre 2002 e 2009, segundo Gilberto Soares, da Finep.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também está trabalhando para acelerar os processos de autorização de medicamentos no órgão. "O objetivo não é fazer rápido, é fazer bem", disse Dirceu Raposo de Mello, presidente da Agência.

Raposo disse que a Anvisa tem contribuído para o Complexo Industrial da Saúde e que neste ano uma das prioridades será estreitar as relações com outras agências estrangeiras. As conversas estão mais adiantadas com o canadá. Segundo ele, o mesmo deverá ser feito nos Estados Unidos e com os países da União Européia, com os órgãos competentesdestas regiões. Já temos um acordo de reciprocidade com Moçambique", disse.

 

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