
Rede de Extensão Tecnológica no apoio às empresas
Destinado a solucionar gargalos na gestão tecnológica, em projetos, desenvolvimento, produção e comercialização de bens e serviços de micro, pequenas e médias empresas, as Redes Estaduais de Extensão Tecnológica são formadas por entidades especializadas organizadas em um arranjo institucional. Em entrevista ao Informe Setec a coordenadora da Rede de Extensão Tecnológica de São Paulo explica como a Rede atua e a importância da sinergia com as Redes de Centros de Inovação e de Serviços Tecnológicos.
Informe Setec - Em São Paulo, quais instituições compõem a Rede de Extensão Tecnológica? Qual o papel delas? Mari Tomita Katayama - A rede Sibratec – extensão tecnológica do Estado de São Paulo – é composta pelas seguintes instituições: • IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (coordenador e executor) • CTI - Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (executor) • FDTE - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (executor) • Centro Paula Souza / Fatec/Marília (executor) • Finep - Financiadora de Estudos e Projetos (financiador). • Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo (co-financiador)
Além das instituições mencionadas acima, participam outras entidades tecnológicas na prestação de serviços complementares, como o ITAL e o INPE. Informe Setec - A Rede de Extensão Tecnológica tem como objetivo estimular a cultura empresarial para inovação. Na prática, como esse trabalho será feito? Mari Tomita Katayama -Assim como na escola, o que fixa de fato a matéria são os exercícios práticos. Na empresa, a ação da extensão tecnológica procura ajudar o empresário a aplicar as ferramentas tecnológicas para resolver problemas específicos, corrigindo erros, melhorando a qualidade dos produtos e/ou processos, reduzindo custos de fabricação e trabalhando outros aspectos que aumentem a competitividade da empresa, tanto nos mercados interno e externo.
Informe Setec - De que forma as empresas conseguirão ser beneficiadas pela Rede? Como será feito o trabalho de divulgação para que as empresas cheguem até vocês? Mari Tomita Katayama - No caso do Estado de São Paulo, há uma priorização para atender os Arranjos Produtivos Locais (APLs), complementada com ações e apoio de entidades como FIESP/CIESP, Associações e Sindicatos Setoriais, além das Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Todas as medidas são voltadas à melhoria da competitividade, principalmente das micro, pequenas e médias empresas.
A divulgação será feita por meio de notícias em boletins, participações em eventos e feiras, em conjunto com as entidades parceiras.
Informe Setec - Qual a importância da Rede de Extensão dentro do Sibratec como um todo? Como é feita a ligação dos trabalhos entre a Rede de Extensão com a Rede de Centros de Inovação e Serviços Tecnológicos?
Mari Tomita Katayama -A rede de extensão tecnológica tem como objetivo promover a cultura empresarial para inovação, mediante apoio tecnológico ao processo/produto, para que as empresas obtenham uma elevação do patamar tecnológico. Isso resultará muitas vezes em inovações incrementais, fazendo com que elas passem a buscar inovações cada vez mais radicais. A importância da rede de extensão em relação à de inovação, consiste na possibilidade de identificar as demandas das empresas e do mercado, em termos de novas tecnologias a serem desenvolvidas. Por último, a rede de extensão poderá contribuir com a de serviços, identificando as carências de ensaios laboratoriais. Isso permitirá ao Governo estabelecer políticas e prioridades para aplicação dos recursos financeiros, antecipando as tendências das exigências técnicas dos mercados nacional e internacional. Informe Setec - Qual a situação atual da Rede de Extensão Tecnológica em São Paulo e quais as metas para o ano que se inicia? Mari Tomita Katayama - A rede de extensão tecnológica do Estado de São Paulo teve a sua primeira reunião no final do ano passado, quando cada instituição parceira apresentou sua capacitação e participação na rede. Atualmente, estão sendo viabilizadas as contratações necessárias ao projeto para a execução dos atendimentos. Pelo fato do modelo do Sibratec ser inovador e pelas diferentes naturezas das instituições participantes da rede, surgem sempre novos desafios a serem enfrentados e resolvidos. A meta é atingir um total de 200 atendimentos em 2010, dentro das modalidades de extensão tecnológica que compõem a rede SIBRATEC de São Paulo. Informe Setec - Na sua opinião, qual a importância do Sibratec para o desenvolvimento da empresa brasileira? Mari Tomita Katayama - A possibilidade de transferir tecnologia e de realizar pesquisa e desenvolvimento torna o Sibratec extremamente importante para a evolução das empresas brasileiras. De um lado, um conjunto de ferramentas tecnológicas é disponibilizado aos empresários que, a partir da extensão, permite percorrer o caminho para inovação; por outro lado, ele permite que os recursos governamentais sejam aplicados na rede de serviços, dentro não somente das demandas e prioridades atuais do mercado, mas das futuras, viabilizando a realização de ensaios para atender aos diferentes níveis de exigências dos clientes.
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