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Comissão avalia resultados de pesquisa marítima entre Brasil e África
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Foto: Centro de Comunicação Social da Marinha - Navio Oceanográfico Cruzeiro do Sul
25/01/2010 - 14:36

A 1ª Comissão Transatlântica Brasil-África reuniu-se na sexta-feira (22) na  Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), no Rio de Janeiro, para apresentar e analisar os dados obtidos em sua primeira expedição marítima entre o Brasil e a África realizada entre outubro e dezembro de 2009.

A Comissão é composta por representantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Oceanografia (IO) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), DHN do Ministério da Marinha e Coordenação para Mar e Antártica do Ministério da Ciência e Tecnologia (MC).

Os pesquisadores coletaram amostras oceanográficas no trajeto do navio Cruzeiro do Sul à África do Sul e a Namíbia. Foi a primeira expedição científica no Atlântico Sul programada pelo Brasil. O evento reuniu um conjunto de dados científicos acerca desta região oceânica ainda pouco estudada, segundo pesquisadores.

A coleta de informações oceanográficas entre a costas brasileira e africana, englobou a região de confluência da corrente do Brasil com a corrente das Malvinas, a convergência Subtropical e a recirculação da água central do Atlântico.

Foram reunidas informações sobre a temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido e clorofila. Também foram tomadas amostras adicionais para análise de nutrientes e de material em suspensão (o que se encontra flutuando na água).

Entre os oceanos, o Atlântico é a bacia com maior parte do CO² de origem antrópica (efeitos derivados de atividades humanas, em oposição a aqueles que ocorrem em ambientes naturais sem influência humana) absorvida pelos oceanos. O emprego do Navio Oceanográfico Cruzeiro do Sul viabiliza estudos das interações entre processos biológicos, químicos e físicos que ocorrem no Atlântico Sul.

Os coordenadores de projetos científicos que participaram desta primeira comissão enviarão uma carta ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Resende, solicitando apoio para comissões internacionais bianuais pelo navio Cruzeiro do Sul.

A partir do segundo semestre deste ano a comunidade acadêmico-científica disporá anualmente de 80 dias de mar para atividades e projetos de pesquisas abordo do Cruzeiro do Sul. Os projetos inscritos serão avaliados por um comitê científico e comissões de apoio planejadas por um comitê gestor, composto por representantes do MCT e da Marinha do Brasil.

“Um aspecto a se destacar é a otimização do uso do navio, por meio de seu emprego de forma combinada, conciliando uma viagem de treinamento com a coleta de um conjunto significativo de dados científicos, podendo acomodar uma equipe de até 16 pesquisadores. Estes poderão instalar equipamentos para coleta de informações”, diz Maria Cordélia Soares Machado, Coordenadora para Mar e Antártica, da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do MCT.

Estes objetivos devem se consolidar por meio de um amplo programa científico integrado, multidisciplinar e geograficamente homogêneo.

 

 

 

 

 

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