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Boletim do Museu Goeldi aborda ciência e política
18/01/2010 - 16:33

Linguistas, antropólogos, historiadores, filósofos, educadores, cientistas da informação e físicos. Essa é a gama de especialistas que abordam a relação entre ciência e política no novo número do Boletim de Ciências Humanas do Museu Paraense Emílio Goeldi, que já está disponível no portal da instituição, www.museu-goeldi.br.

Organizado pela historiadora Heloisa Maria Bertol Domingues, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCT), do Rio de Janeiro, o fascículo homenageia o zoólogo Osvaldo Rodrigues da Cunha, pesquisador do Museu Goeldi.

O número reúne 10 textos em torno do tema Ciência e Política, dos quais sete são artigos, acompanhados de uma nota de pesquisa e de duas memórias históricas. Baseado na interdisciplinaridade, a edição do Boletim traz autores com formações diversas que discutem “as interações e os conflitos entre campo científico e campo político”, como afirma Nelson Sanjad, editor científico do periódico.

Para ele, os trabalhos que constam dessa edição mostram que, ao longo do tempo, as múltiplas influências entre os campos científico e político “são fundamentais para a institucionalização e o desenvolvimento (ou não) da ciência em vários contextos nacionais; para o equilíbrio (ou não) das relações internacionais; para a elaboração de políticas públicas e marcos regulatórios no âmbito do conhecimento e do patrimônio cultural; e para a definição de carreiras científicas e identidades sociais”.

Estudiosos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), das universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Fluminense (UFF) e de outras instituições de pesquisa e ensino superior, tanto nacionais quanto internacionais, compõem o novo Boletim, além, é claro, de pesquisadores do Museu.

Homenagem

A homenagem ao zoólogo Osvaldo Rodrigues da Cunha, pesquisador emérito do Museu Goeldi, dá-se por meio da republicação de um ensaio biográfico de sua autoria sobre o botânico Jacques Huber, ex-diretor do Museu, na seção Memória, que apresenta, ainda, 33 fotos inéditas tiradas por Huber na Malásia e em Cingapura, em 1912, em viagem cujo objetivo era de estudar as plantações de seringueiras pelos ingleses no Oriente.

Pertencentes à Coleção Fotográfica do Arquivo Guilherme de La Penha , do Museu Goeldi, as imagens feitas por Huber no início do século passado “mostram uma realidade um pouco mais complexa do que a historiografia tem apresentado sobre o assunto”, segundo escreveu Sanjad na seção Carta do Editor.

Na mesma seção, Sanjad registra, ainda, que o olhar de Jacques Huber “foi preciso nos registros da paisagem, do aperfeiçoamento das técnicas de plantio, sangramento, irrigação e adubação, e das condições de trabalho das pessoas contratadas para o serviço, pouco diferente das condições do seringueiro amazônico, talvez até mesmo piores se atentarmos para a subnutrição, a pobreza e o trabalho infantil registrados por Huber”.

Boletim  

Um dos periódicos científicos mais antigos do Brasil, o Boletim do Museu Paraense Emílio Goleldi foi criado sob o nome original de Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, pelo naturalista Emílio Goeldi, e sua primeira edição data de 1894.

Hoje, o periódico é publicado três vezes ao ano, em duas versões: Ciências Humanas e Ciências Naturais. O de Ciências Humanas tem, como principal missão, publicar trabalhos originais nas áreas de lingüística, antropologia, arqueologia e disciplinas afins.

Mais informações pelo telefone (91) 3249-1141 ou pelo e-mail boletim@museu-goeldi.br.

 

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