Um novo robô, com tecnologia brasileira, já está disponível no mercado. Trata-se de uma plataforma aberta que pode ser programada para a realização de atividades variadas, sobretudo na área de pesquisa e educação.

Este é o conceito do RoboDeck, desenvolvido há dois anos, apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FInep/MCT). O modelo é capaz de se adaptar a projetos de alunos e professores. “Com este robô, se pode, por exemplo, empreender um sistema de segurança confiável”, diz Célio Camargo, coordenador de projetos da empresa Cientistas Associados. O preços dos kits do RoboDeck varia de R$ 3 mil a R$ 35 mil, dependendo da configuração e do modelo do produto.
 
Tal variação no custo, segundo os pesquisadores, está relacionada ao acréscimo das ferramentas que permitem a adaptação a várias funções. “Ele também pode ser indicado para monitoramento de áreas de risco em indústrias petroquímicas e usinas de geração de energia, como nuclear e termelétrica”, completa Camargo.
 
A empresa Extreme Robot, que comercializa o aparelho, já tem encomendas para este ano de várias universidades brasileiras e instituições de pesquisa. Apesar do foco em pesquisa e educação, outras empresas podem se interessar pela plataforma universal do RoboDeck e, a partir dela, buscar novas aplicações.
 
Constituído por um hardware básico – formado pelos componentes principais – e um hardware opcional, este com módulos como câmera, placa de alta performance e outros dispositivos que podem ser acoplados, o robô permite controle remoto até mesmo via smartphone ou funciona de forma autônoma para a realização de tarefas predeterminadas.
 
Com a disseminação de softwares livres no Brasil, o RoboDeck é adaptável, por exemplo, tanto ao Windows quanto ao Linux, o que permite sua configuração para cada pesquisa. Nos módulos opcionais, pode-se acrescentar placa de alta performance com Linux embarcado, que possibilita comunicação por meio de tecnologias como wi-fi ou bluetooth, garras mecânicas e motores de direção.