Ricardo Lemos/MCT - Ministro Rezende recebe os medalhistas em olímpiadas internacionais de Física
Nove estudantes de Ensino Médio, que se destacaram em olimpíadas internacionais de Física foram recebidos nesta terça-feira (17) pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende,
em Brasília. Acompanhados pelos coordenadores da Olimpíada Brasileira de Física (OBF), os estudantes são de escolas de São Paulo, Pernambuco e Ceará.
Os jovens participaram da 40º Olimpíada Internacional de Física, em julho, no México, e da 14ª Olimpíada Iberoamericana de Física, em setembro, no Chile. Luana de Assis, de 16 anos, ganhou medalha de prata neste certame. Única garota do grupo disse que valeu a pena se preparar sozinha por um ano.
“Foi uma experiência muito boa. Além dos estudos em Física, adquiri mais conhecimentos culturais e fiz muitos passeios no Chile”. O próximo objetivo de Luana é cursar Física na Universidade de São Paulo (USP).
Para o ministro, o Brasil precisa ampliar o número de cientistas e engenheiros e eventos como estes servem de motivação aos jovens, professores e diretores de escolas. “As olimpíadas nas escolas são importantes porque estimulam o estudo. Quando o estudante está competindo ele coloca em ação sua máxima energia e estuda mais”, disse Rezende.
Outro estudante medalhista é Leonardo Stedile. Ele ganhou bronze na Olimpíada Internacional, no México, e conta que a leitura de livros experimentais foi fundamental para sua conquista. “A experiência foi muito importante. Tivemos contato com pessoas de vários países com interesses parecidos e fizemos amizades para a vida toda”.
O plano de Stedile, que ainda está em dúvida se faz vestibular para Física ou Engenharia, é ingressar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ou na USP. Ele também não descarta a possibilidade de estudar nos Estados Unidos.
O presidente da Comissão da OBF, Jose David Viana, destacou a divulgação da Física e da Ciência do Brasil em eventos internacionais. De acordo com ele, o número de estudantes na OBF aumentou de 10 mil, em 1999, para 300 mil, este ano. Nesses dez anos, a participação dos estados subiu de 13 para 26, além do Distrito Federal. Viana agradeceu o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) ao evento.