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Centro de Recondicionamento de Computadores forma jovens carentes
30/10/2009 - 17:40

Jovens em situação de risco da zona norte do Recife (PE) têm agora a oportunidade de formação na área de recondicionamento de computadores. Foi inaugurado nesta sexta (30), o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), instalado no bairro de Apipucos, pelos Irmãos Maristas de Pernambuco em parceria com os ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Planejamento.

Participaram do evento o diretor do Campus do MCT no Nordeste, Ivon Fittipaldi, e o subsecretário de Administração e Planejamento do MCT, Roberto Andrade.

As obras do CRC do Recife foram inciadas em novembro de 2008 e concluídas em maio último. O MCT investiu R$ 608 mil, com contrapartida equivalente dos Irmãos Maristas no custeio da obra e funcionamento do CRC. Desde maio já estão em formação as quatro primeiras turmas, somando 105 alunos, no curso com duração de oito meses.

Mais de 350 pessoas também já foram atendidas em atividades de inlcusão digital em um telecentro instalado no CRC. O telecentro tem 22 computadores que utilizam software livre. Este é o primeiro CRC instalado pelos Maristas no Nordeste.

“O projeto tem cunho tanto social como tecnológico”, ressalta Andrade. “Vivemos em um mundo em que a ciência, a tecnologia e a inovação são determinantes para as pessoas. O desafio é fazer com que elas cheguem à camada socialmente desfavorecida da população”, lembra Fittipaldi.

Também participaram da inauguração do CRC alunos, integrantes dos Irmãos Maristas, educadores, políticos e técnicos do governo Federal.

O objetivo do CRC é promover a inclusão sociodigital de adolescentes e jovens socialmente desfavorecidos, que aprendem detalhes sobre o funcionamento de um computador e o reaproveitamento de peças de máquinas inutilizadas. “Assim, os jovens são qualificados para inserção no mercado de trabalho”, afirma o coordenador do CRC, Domingos Sávio de França.

“Nunca imaginei que me identificaria com a área de manutenção e montagem de computadores”, diz o estudante Rafael Barbosa, 25 anos, morador do bairro de Dois Irmãos, área próxima do CRC. Ele concluiu o 2º grau em 2003 e, desde então, fazia cursos para se profissionalizar em teatro. “Minha vida deu uma virada e agora pretendo seguir a carreira de edição de mídia para rádio e televisão”, diz.

Edgleyson de França, 18 anos, concluiu o 2º grau em 2008 e havia parado de estudar. “Com mais dois amigos, soube do funcionamento do CRC e vim para fazer o curso de recondicionamento de computadores”. Ele conta que fez uma prova de conhecimentos básicos de informática, que incluía ações simples como ligar e desligar um computador. Foi aprovado e diz que, agora, um novo futuro se abriu para ele.

No CRC, os estudantes aprendem sobre os componentes de um computador e a reaproveitar peças e criar novas máquinas. O curso de formação no ofício de recondicionamento de computadores há módulos diretamente ligados à informática, como iniciação à informática, editor de texto, planilha eletrônica e empreendedorismo digital, e outras disciplinas de formação geral do aluno, como português no dia-a-dia, educação alimentar e como iniciar um pequeno negócio.

Estrutura

O CRC Recife ocupa uma área de cerca de 2 mil m², com uma estrutura principal e dois anexos. O prédio principal tem uma recepção, sala de controle e logística, sala de software livre, telecentro, fábrica de computadores, serviço social, sala de testes de estresse de máquinas, sala de triagem de equipamentos e galpão de controle e estoque de máquinas.

A estrutura tem preocupação ambiental. Um conteiner feito de pet descartável (plástico), de 27 m², é utilizado para armazenar a entrada de materiais no CRC. Um caminhão faz a coleta dos componentes que serão reciclados e também vai distribuir equipamentos. “Também temos a preocupação de fazer um descarte ecologicamente correto das máquinas que não são recondicionadas”, destaca França.

Os equipamentos recondicionados pelo CRC são doados a associação de moradores, escolas públicas, comunidades quilombolas, aldeias indígenas. Segundo o coordenador França, a meta até o final do ano é beneficiar 45 entidades, da Bahia ao Acre, com kits, cada um contendo 10 computadores e um servidor.

 

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