Mais acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência física e visual. Os assistidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal (Apae), em Brasília, ganharam hoje (22), um telecentro acessível, o Apae Acessível. O espaço foi equipado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e custou cerca de R$ 200 mil. Além de computadores com softwares específicos, o telecentro tem impressora em braile e leitor de documentos com voz sintetizada em português.
O secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCT, Joe Carlo Viana Valle, disse que o telecentro é o primeiro do País e atenderá não apenas aos assistidos pela Apae, mas também toda a comunidade. “O diferencial deste espaço é que será voltado não apenas para o pessoal da entidade, mas à população em geral também pode usufruir de todos os recursos disponíveis. Basta se cadastrar para poder utilizá-lo. O projeto do telecentro está de acordo com as políticas de inclusão social do governo Federal e está inserido nas ações de inclusão digital e tecnologia assistiva do MCT”, destacou Valle.
De acordo com o secretário, o modelo implantado pelo MCT, em parceria com outras entidades, será replicado para todo o País. “Já temos planos de implantação de telecentros no Rio Grande do Norte e Minas Gerais”, informa ele.
Apae
A diretora da Apae, Maria Helena Alcântara de Oliveira, comentou que ontem (21), foi comemorado o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes e que a conquista do telecentro reforça a luta pela inclusão social. “O telecento é uma conquista importante para a Apae, que luta pela inclusão das pessoas com deficiência intelectual. Tenho certeza de que será de grande utilidade para os nossos assistidos, e também para toda a população que queira desfrutar dos nossos equipamentos”, enfatizou.
A Apae é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que promove a educação profissional e o encaminhamento de pessoas com deficiências intelectual e múltipla para o mundo de trabalho. De acordo com a diretora, são beneficiadas cerca de 620 pessoas, sendo 200 jovens acompanhados no mercado de trabalho e 420 aprendizes atendidos nos núcleos profissionalizantes da instituição em Brasília (sede), e nas cidades satélite de Ceilândia, Guará e Sobradinho.