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Embrapa Instrumentação dedica uma semana à nanotecnologia
14/09/2009 - 12:38

Especialistas de várias instituições de pesquisa do Brasil se reúnem de hoje (14) a sexta-feira (18), na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos (SP), para discutir uma área que movimenta mundialmente mais de US$ 100 bilhões e que atrai cada vez mais investimentos devido ao enorme potencial de aplicação nos mais variados setores industriais: a nanotecnologia.

Serão três eventos, nos quais os temas abordados envolvem a aplicação da nanotecnologia no agronegócio, inovações instrumentais e técnicas, desenvolvimento de materiais nanoestruturados para sensores e biossensores, nanotubos de carbono, além de aspectos gerais da nanotoxicologia, avaliação de riscos e impactos ambientais e humanos e perspectivas de maior abrangência da nanotecnologia na ciência de um modo geral, com ênfase na agricultura.

Hoje e amanhã (15) se realiza a Escola de Nanotecnologia Brasil-Argentina, aberta pelo coordenador geral de Micro e Nanotecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), promotora do evento, Alfredo Mendes, com a palestra “Investimentos e programa do MCT em Tecnologia”. Haverá a transmissão e interação on-line com pesquisadores argentinos na área.

Na quarta-feira (16), está previsto um curso prático de microscopia e probe, além da Reunião de Gestão dos componentes da Rede de Nanotecnologia para o Agronegócio, rede mantida e gerida pela Embrapa.

Fechando a programação, na quinta (17) e sexta-feira (18), ocorre o 5º Workshop Técnico da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio 2009 (Agronano). O evento é composto de três palestras, além de apresentações técnicas dos membros da rede e ainda de 80 trabalhos na forma de pôsteres. A palestra de abertura será proferida pelo pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Osvaldo de Oliveira, sobre filmes nanoestruturados contendo moléculas de interesses biológicos.

Rede Agronano

A Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (Agronano) é uma iniciativa da Embrapa. Foi criada no final de 2006, e tem o envolvimento de 90 pesquisadores de 28 instituições, sendo 19 unidades da Embrapa e 17 centros acadêmicos de excelência no País. 

A Rede atua em três linhas de pesquisa: sensores e biossensores para monitoramento de processos e produtos; membranas de separação e embalagens biodegradáveis, bioativas e inteligentes; novos usos de produtos agropecuários.

Para o coordenador da Rede e chefe de P&D da Embrapa Instrumentação Agropecuária, Luiz Henrique Capparelli Mattoso, a nanotecnologia permite não só conhecer a matéria em sua forma estrutural mais elementar, aquela em que os átomos e as moléculas interagem e se organizam, mas também ter acesso à escala de alguns milionésimos de milímetros para entender as leis que governam este mundo invisível, onde a lei gravitacional, por exemplo, não é dominante, e poder usufruir de propriedades excepcionais no mundo macroscópico, visível.

“O agronegócio é uma área onde o Brasil pode ter maior competitividade em nanotecnologia, graças às especificidades da agricultura tropical. A Embrapa tem um grupo de excelência de pesquisadores altamente capacitados para acompanhar e promover avanços do conhecimento neste tema”, diz Mattoso.

Segundo o pesquisador da Embrapa Instrumentação Agropecuária, Odílio Assis, em inventário apresentado pelo Project on Emerging Nanotecnologies, em 2008, já havia registro ou em fase de comercialização, 803 produtos à base de nanotecnologia, sendo destes, em torno de 80 relacionados à agricultura e a alimentos. Assis acredita que no Paí, o agronegócio é o segmento que maior espaço tem para competitividade em nanotecnologia, graças às suas características e oportunidades de questões vinculadas aos recursos naturais, clima e agricultura tropical.

Embrapa Instrumentação

A Embrapa Instrumentação Agropecuária desenvolve pesquisa à base de nanotecnologia desde 1997. Em maio último, inaugurou o Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA), no qual foram investidos cerca de R$ 10 milhões de recursos, sendo R$ 4 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT).

No LNNA podem ser desenvolvidas pesquisas para aplicação de novas ferramentas para biotecnologia e nanomanipulação de genes e materiais biológicos; catalisadores mais eficientes para produção de biodiesel e utilização de óleos vegetais e outras matérias-primas de origem agrícola para produção de plásticos; tintas e novos produtos, produção de nanopartículas para liberação controlada de nutrientes, pesticidas e drogas; nanopartículas e nanodeposição de filmes bioativos para biofiltros, membranas e embalagens biodegradáveis e/ou comestíveis para alimentos.

 

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