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Clube do Pesquisador Mirim recebe Prêmio Darcy Ribeiro 2009
25/05/2009 - 08:50
O Instituto Brasileiro de Museus – Ibram divulgou,na semana passada, o resultado do Prêmio Darcy Ribeiro 2009, onde o Museu Paraense Emílio Goeldi recebeu Menção Honrosa pelo projeto Clube do Pesquisador Mirim. A divulgação dos resultados, que aconteceu na Câmara dos Deputados, em Brasília – DF, compôs a programação comemorativa aos cinco anos de implementação da Política Nacional dos Museus e da 6ª Semana Nacional de Museus, que aconteceu entre 12 e 18 de maio de 2009.
 
Criado pela Câmara dos Deputados em 1998, o Prêmio é concedido, anualmente, a três pessoas ou entidades cujos trabalhos ou ações merecem especial destaque na defesa e promoção da educação no Brasil. Além dos premiados, 20 museus de todas as regiões do país foram agraciados com Menção Honrosa pelos projetos educativos desenvolvidos O Prêmio Darcy Ribeiro tem por objetivo incentivar e premiar as práticas relacionadas a ações educativas em museus.
 
O anúncio dos agraciados com o Prêmio foi feito em solenidade realizada pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados e pelo Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Os projetos foram avaliados nos dias 13 e 14 de abril, em Brasília, por uma comissão de museólogos e técnicos do Ibram.
 
Clube do Pesquisador Mirim - Uma ação educativa e cultural, organizada pelo Serviço de Educação e Extensão (SEC) do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), acontece todos os anos para cerca de 180 crianças e adolescentes, com o objetivo de estimular o interesse pela iniciação científica tendo como base as pesquisas realizadas no Museu Goeldi.
 
Luiz Videira, biólogo e coordenador do projeto, conta que o Clube começou no fim dos anos 80. “No início, começamos com o Clube Ciência e Cultura, em 1988. Éramos mediadores, conduzíamos o grupo a novas descobertas” lembra Luiz. Ainda como estagiário de biologia da antiga Divisão de Museologia do Museu Goeldi, Videira coordenava um dos grupos, que obteve apoio da Fundação Ford. Com falta de patrocínio, porém precisou encerrar as atividades. Mas a semente do trabalho iniciado com o Clube Ciência e Cultura, em 1991, criou ainda um segundo grupo: o “Estudos da Natureza”, que existiu só até 92 e também por falta de recursos e apoio, fechou.
 
Convidado para implementar projetos de educação no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus – AM, Luiz Videira pode concretizar seu sonho. O Clube do Pesquisador Mirim saiu do papel e o biólogo elaborou desde o desenho do uniforme até o objetivo de formar grupos de estudo e desenvolver os pequenos pesquisadores ao interesse e gosto pela curiosidade.
 
Inclusão e expansão 

Em 1997, Luiz Videira voltou para o Museu Goeldi e junto com a equipe do Serviço de Educação e Extensão (SEC), implantou o Clube do Pesquisador Mirim no Parque. Com adaptações ao formato, temas e áreas de atuação, Videira conta que no início a seleção das crianças para participar do projeto era só por inscrição. “Nós passamos a perceber que muitos dos alunos inscritos estavam aqui porque eram danados e a mãe queria que eles fizessem alguma atividade fora de casa, ou porque o pai e a mãe queriam que a criança participasse”, lembra.
 
Com isso, o processo de seleção mudou. Hoje, o aluno passa por avaliações que apontam quem realmente tem interesse em participar. Ao longo de 12 anos, o coordenador conta que cerca de 2.500 crianças e adolescentes passaram pelo projeto. ”Não contamos indivíduos, mas sim vagas, já que muitas dessas crianças passaram por todas as etapas do Clube”. Outra alteração foi com relação ao tempo de duração das turmas. “Antes era semestral, mas como percebemos que tinha muita informação para ser passada para os alunos, o formato ficou anual”.
 
Os temas do Clube mudam a cada ano, e alguns temas que já foram trabalhados podem voltar a ser oferecidos. “No ano de 2008, os temas propostos foram Memória Afro-amazônica, Cores da Terra, Animais Pré-Históricos da Amazônia, Museu Goeldi: arte e memória, Raízes da Terra, Crias do PZB e Répteis da Amazônia”, ressalta Videira.
 
A partir de 2007, a novidade implantada pelo Clube foi uma turma inclusiva, composta por sete crianças surdas e treze ouvintes. Luiz Videira lembra que não há turmas específicas para as crianças surdas. “Caso contrário, não seria inclusão. A proposta é unir as diferenças para que juntas possam aprender umas com as outras. Contamos também com a participação de uma instrutora de libras na equipe, que orienta as crianças com relação aos trabalhos, palestras e filmes, etc”.
 
O projeto Clube do Pesquisador Mirim atualmente estende sua atuação a três cidades – pólo: Cachoeira do Arari, Parauapebas e Oriximiná. Já nos municípios de Igarapé-Açu e Marabá, estão em fase de implementação a partir do segundo semestre.
 
A premiação é um reconhecimento à equipe que trabalha há 12 anos estimulando a formação de futuros pesquisadores.
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