Estima-se que 80% da energia utilizada no Brasil seja proveniente da queima de derivados de petróleo, gás natural, carvão mineral, lenha, carvão vegetal e de resíduos agroindustriais. O processo de combustão é altamente estratégico para a economia do País, por isso foi criada a Rede Nacional de Combustão (RNC), agente integrador entre as instituições de pesquisa, os desenvolvedores e usuários dos processos de combustão.
Apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), a RNC congrega pesquisadores, técnicos e alunos de 20 instituições, que atuam de forma cooperativa em torno de pesquisas básicas e aplicadas na área de combustão, e também da inserção de tecnologias associadas em empresas.
"A combustão tem um enorme impacto principalmente nos setores industrial, de transporte e de geração de energia elétrica. É de fundamental importância que a ciência e a tecnologia da combustão sejam desenvolvidas pelos setores acadêmico e industrial", afirma Luís Fernando Figueira, coordenador da RNC.
Hoje, participam da rede universidades, institutos de pesquisa, empresas geradoras de energia e empresas consumidoras, todos buscando gerar conhecimento em combustão por meio do desenvolvimento de trabalhos em rede. "Queremos também ser referência no País para os setores produtivo e social e, desta forma, contribuir decisivamente para a superação de problemas científicos, tecnológicos, industriais e estratégicos no campo da combustão e nos setores agregados", diz Figueira.
Áreas temáticas
São temas de pesquisas da RNC, incêndios, detonações e explosões; produção de energia; motores e propulsão; pirólise; gaseificação e dispersão de poluentes.
De acordo com Figueira, o Brasil tem um grande número de pessoas trabalhando na área, mas ainda sim a participação social e econômica fora do País é pequena. "Em nível internacional, ainda somos um grupo praticamente invisível. Queremos intensificar nossa presença neste cenário e fazer com que o número de pessoas corresponda efetivamente à importância que o Brasil tem em termos de PIB internacional. Por isso, para florescimento da rede, é importante contarmos cada vez mais com o incentivo mais formal e continuo de empresas, e de órgãos públicos, em projetos em rede que são vitais para o avanço tecnológico do País", destaca o coordenador.