Adaptar as propostas do Programa Brasileiro de Aceleração Tecnológica em Engenharia (BrasilTEC) as ações desenvolvidas pelos ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC) será o próximo passo para envolver toda área de engenharia e que está contemplada no Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC,T&I 2007-2010).
Ontem (16), os membros do Comitê Gestor do Programa Inova Engenharia se reuniram no MCT, em Brasília (DF), para apresentar a primeira versão do projeto.
"É um projeto de grande envergadura, que envolve um volume significativo de recursos orçamentários. Portanto, é necessário que se tenha claramente identificado quais as etapas, as metas e os resultados que pretendemos atingir", afirmou o secretário executivo e ministro em exercício da Ciência e Tecnologia, Luiz Antonio Rodrigues Elias.
Ele acrescentou que o BrasilTEC terá prioridade no governo federal, principalmente, no setor de petróleo e gás, depois das descobertas da camada do pré-sal. "Isso exigirá uma grande quantidade de engenheiros formados", destacou. Por ser uma iniciativa que entrou em pauta no segundo semestre, o secretário executivo alertou que todas as ações sugeridas têm que estar vinculadas ao PAC,T&I, uma vez que o orçamento de 2009 está praticamente fechado.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec/MCT), Guilherme Henrique Pereira, acrescentou que várias iniciativas podem ser absorvidas pelo Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec). "Muitas dessas propostas podem ser contempladas pelo Sibratec, como a atualização e inovação dos laboratórios das instituições de ensino", esclareceu o secretário, que se colocou à disposição para mapear as possibilidades.
BrasilTEC
O Programa Brasileiro de Aceleração Tecnológica em Engenharia (BrasilTEC) objetiva priorizar a tecnologia e valorizar o desenvolvimento da engenharia nacional em dois componentes, o empresarial, para a melhoria da competitividade e disseminação da cultura de inovação no País; o acadêmico, que busca a atração de novos talentos e investimento na melhoria da qualidade dos cursos de graduação em engenharia, estimulando a permanência, diminuindo a evasão e aumentando o número de alunos.
O programa terá duração de cinco anos (2009 a 2013) e tem recursos previstos na ordem de R$ 3 bilhões. Entre as propostas estão investimentos para viabilizar a instalação e modernização de laboratórios em 200 escolas de engenharia e a elaboração de protótipos.
"Para a gestão sugerimos a criação de um Conselho Superior, que utilizaria a mesma estrutura do Comitê Gestor do Programa Inova Engenharia, com representantes dos empresários e membro da comunidade tecnológica", finalizou Marcos Formiga, membro do comitê e representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI).