As primeiras reuniões com representantes de empresas que participarão da fabricação de subsistemas dos satélites CBERS-3 e CBERS-4 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) começaram este mês. A coordenação do projeto está a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
Nesta quarta-feira (26), foram discutidos os aspectos gerais da Contratação do Subsistema de Coleta de Dados, com a presença de representantes da Omnisys, e do Subsistema de Suprimento de Energia Elétrica, com a empresa Aeroeletrônica. Ainda esta semana deve ocorrer a última reunião dessa etapa, com a empresa Neuron, para discutir o Subsistema de Antenas.
No dia 21, foram discutidos os aspectos gerais da Contratação do Subsistema Estrutura dos CBERS-3 e CBERS-4 (Fibraforte) e do Subsistema Câmera MUX (Opto Eletrônica).
As reuniões contam com a participação do diretor do Inpe, Luiz Carlos Moura Miranda, do gerente geral do Programa CBERS, Leonel Fernando Perondi, e do gerente do segmento espacial, Jânio Kono, entre outros profissionais especializados.
Programa CBERS
O desenvolvimento e lançamento dos satélites CBERS-3 e CBERS-4, com características mais avançadas que as do CBERS-1 e CBERS-2, foi definido em acordo assinado em novembro de 2002, dando prosseguimento à cooperação sino-brasileira para o desenvolvimento conjunto de satélites de observação da Terra, iniciada em 1988. O lançamento do CBERS-3 está previsto para 2008 e o do CBERS-4, para 2010.
O primeiro satélite resultante dessa cooperação, o CBERS-1, foi lançado em outubro de 1999, a partir da base de Taiyuan, na China, e operou até agosto de 2003. O segundo satélite, o CBERS-2 ? uma réplica do CBERS-1 ? foi lançado em outubro de 2003 e opera atualmente com total êxito.
Enquanto na cooperação relativa aos satélites CBERS-1 e CBERS-2 as participações brasileira e chinesa foram de 30% e 70%, respectivamente, no novo acordo a participação brasileira foi ampliada para 50%, igualando a nossa responsabilidade à do lado chinês. O investimento brasileiro para os CBERS-3 e CBERS-4 será da ordem de US$ 150 milhões.